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A vida não teria graça sem essas lentes coloridas. Pobre daquele que é monocromático. Prepare-se para embarcar em ilusões. Com foco ou sem foco, seja bem vindo! Luz, câmera, ação!

Uma pintura


Chovia. Percebendo o barulho gostoso dos pingos na janela do seu quarto ela desceu correndo as escadas e foi para a sala. Apoiou seus joelhos no assento e debruçou-se sob a ampla janela que iluminava o ambiente. Gostava de ver a chuva, não tinha medo dos raios nem dos trovões, eles a encorajavam, enchiam seu peito com a ânsia de viver. Como podia tanta água assim? Ela pensava consigo. Que imensidão! E seus pensamentos não a deixavam em paz. Os pingos caiam e suas idéias acompanhavam o ritmo da água. Tudo era tão vasto, tão sem fim e ela não entendia mais nada. Procurava tantas razões e tantos porques, sem perceber que às vezes nenhum porquê é suficiente. Por que a necessidade de entender tudo? O incerto a incomodava e ela simplesmente não sabia lidar com o amargo das dúvidas e incertezas. Que pena, já que quase tudo é incerto. A chuva estava mais forte e o céu, cinza chumbo: era a composição de uma pintura triste. A moldura? Uma janela. A pintora? A menina. Um quadro de turbilhões de sentimentos pintado pelos pensamentos de uma menina. Uma menina que queria entender, mas não entendia. Ela sentia, e sem que soubesse, isso já era o suficiente.

1 comentários:

Anônimo disse...

Juu...
q liindoo!!

beijos nega!

 
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